Lula Comenta Denúncia da PGR Contra Bolsonaro e Outros 33 por Tentativa de Golpe de Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aborda a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro e mais 33 indivíduos, acusados de planejar um golpe de Estado entre 2021 e 2023.

2/19/2025

(Foto: Reprodução/CanalGov)

Lula Defende Ampla Defesa e Presunção de Inocência

Em declaração nesta quarta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 indivíduos, acusados de arquitetar um golpe de Estado entre 2021 e 2023. Lula enfatizou a importância da presunção de inocência e do direito à ampla defesa para todos os acusados.

"Eu não vou comentar um processo que está na Justiça. O que eu posso dizer é que, nesse país, no tempo em que eu governo o Brasil, todas as pessoas têm direito à presunção de inocência."

Possíveis Planos de Assassinato de Líderes Políticos

Embora tenha evitado entrar em detalhes sobre a denúncia, Lula mencionou indiretamente as conclusões da Polícia Federal, que apontam para a existência de planos que envolviam o assassinato do próprio presidente, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

"Se provarem que não tentaram dar golpe e que não tentaram matar o presidente, o vice e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ficarão livres e serão cidadãos que poderão transitar pelo Brasil inteiro."

Consequências em Caso de Culpa Comprovada

Lula destacou que, caso a Justiça conclua pela culpa dos acusados, estes deverão arcar com as consequências de seus atos.

"Se, na hora que os juízes forem julgar, chegarem à conclusão que são culpados, eles terão que pagar pelo erro que cometeram."

A denúncia da PGR, apresentada na terça-feira (18), baseia-se, em parte, na delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. As investigações apontam para uma suposta trama destinada a impedir a posse de Lula após sua vitória nas eleições de 2022.

As declarações de Lula foram feitas durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, que contou com a presença do primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro.