Alívio da Inflação em Janeiro é Passageiro: Alimentos e Serviços Continuam a Preocupar, Apontam Analistas

Alívio passageiro! Inflação volta a preocupar com alta de alimentos e serviços. Analistas alertam para IPCA mais alto em 2025. Saiba os motivos e o que esperar!

ECONONOMIA

2/11/20252 min read

O respiro sentido na inflação de janeiro, com o IPCA desacelerando para 0,16% – a menor taxa para o mês desde o Plano Real – não deve se manter. Economistas alertam que a pressão dos alimentos e, cada vez mais, dos serviços, deve impulsionar o índice novamente nos próximos meses, frustrando as expectativas de um cenário mais estável.

Alimentos: Dólar e Clima Desfavorável Persistem

Apesar de uma ligeira trégua, os alimentos seguem como um foco de preocupação. A alta do dólar impacta diretamente os custos de produção, já que muitos insumos são atrelados à moeda americana. Além disso, a valorização do dólar incentiva as exportações, diminuindo a oferta interna e elevando os preços para o consumidor. As questões climáticas, como o La Niña e o excesso de chuvas no ano passado, também contribuem para a pressão sobre os preços dos alimentos.

O "Bônus de Itaipu" Não Se Repetirá

O IPCA de janeiro foi beneficiado por um evento pontual: o bônus de Itaipu nas contas de luz. No entanto, essa redução não se repetirá em fevereiro, o que deve levar a um aumento na energia e, consequentemente, no índice geral.

Serviços: A Nova Preocupação

Além dos alimentos, os serviços têm se tornado um ponto de atenção crescente para o Banco Central. A dinâmica dos núcleos de inflação e dos segmentos de serviços está deteriorada, indicando uma trajetória de alta nos próximos meses.

Mercado Já Projeta Inflação Mais Alta

O mercado financeiro já revisou para cima a projeção para o IPCA em 2025. A expectativa, que tem sido elevada consecutivamente, é de que o índice alcance 5,58% este ano.

O Que Esperar?

A expectativa é de que a inflação volte a subir nos próximos meses, impulsionada pelos alimentos, serviços e pelo fim do efeito do bônus de Itaipu. A política fiscal do governo, o câmbio e as questões climáticas serão determinantes para o comportamento dos preços. Economistas alertam que a atenção especial à contenção dos gastos públicos é crucial para controlar a inflação.